26 junho, 2011

Os vinhos mais caros do mundo



Na lista dos dez vinhos mais desejados e caros do mundo, todos são franceses. Cinco deles são os Premières Grand Cru de Bordeaux, classificação "por qualidade" feita em 1855, a pedido de Napoleão III. Obviamente, uma lista como essa pode gerar controvérsias. Tudo depende de quem avalia, mas de uma forma geral, todos esses que serão apresentados a seguir estão extremamente bem qualificados e não chegam nem perto de ter um preço razoavelmente acessível.

1. CHÂTEAU HAUT-BRION (TINTO)

Haut-Brion é uma das mais antigas vinícolas de Bordeaux, com as primeiras referências datando de 1423. Único vinho fora da região de Médoc (fica em Graves), em Bordeaux, classificado como Premier Grand Cru em 1855. Considerado por diversos críticos, inclusive Robert Parker, como o melhor vinho dentre os cinco Premier Cru.

2. CHÂTEAU LAFITE ROTHSCHILD (TINTO)

Classificado como o primeiro dos Premières Grand Crus em 1855, a pequena e elegante vinícola é sinônimo de riqueza, prestígio, história e respeito. É conhecida por produzir vinhos de notável longevidade. Uma garrafa de 1787 deste vinho já foi leiloada por US$ 160 mil.

3. CHÂTEAU LATOUR (TINTO)

Também um Premier Grand Cru, Latour tem o perfil clássico característico dos tintos da região de Pauillac, considerado por muitos o mais potente dos cinco grandes. Uma garrafa magnum da safra de 1961, por exemplo, já foi vendida por US$ 62 mil. Uma curiosidade: por volta do século XVII, Lafite, Mouton e Latour pertenceram a um mesmo dono, o Marquês de Segur, dito "Príncipe dos Vinhos".

4. CHÂTEAU MARGAUX (TINTO)

Junto com o Château Lafite, Margaux é o mais estiloso e aristocrático dos Premières Grand Crus. Poderoso e elegante, sua estrutura lhe garante grande longevidade. Gioacchino Rossini, um dos mais famosos compositores italianos de ópera, chegou a compor uma canção em homenagem a este vinho.

5. CHÂTEAU MOUTON ROTHSCHILD (TINTO)

Desde o fim da II Guerra Mundial, os rótulos desse Premier Grand Cru são marcados por obras originais de artistas contemporâneos, convidados especialmente pela vinícola. Nomes como Salvador Dalí (1958), Joan Miró (1969), Marc Chagall (1970), Pablo Picasso (1973) e Andy Warhol (1975) já adornaram suas garrafas.

6. PÉTRUS (TINTO)

Produzido em Pomerol, o Pétrus é um dos tintos lendários de Bordeaux, ainda que não seja um Premier Grand Cru (não existe classificação oficial para os vinhos do Pomerol). O vinho apresenta potência, volume e taninos firmes, mas elegantes. Ele se tornou especialmente conhecido depois que a Rainha Elizabeth II se encantou com o vinho e ele foi servido em seu casamento e em sua coroação.

7. CHÂTEAU CHEVAL BLANC (TINTO)

Sem dúvida, um dos mais profundos vinhos de Bordeaux, classificado como Premier Grand Cru Classé A da região de Saint-Émilion. Cepas: Cabernet Franc e Merlot. Ganhou mais notoriedade no filme "Sideways" e também em "Ratatouille". Uma garrafa de 6 litros já foi vendida por mais de US$ 300 mil em leilão recente.

8. CHÂTEAU D'YQUEM (DOCE)

Indiscutivelmente, o melhor vinho doce da França. Rico, potente e exótico. Celebrado por escritores como Vladmir Nabokov, Fiodor Dostoievski, Marcel Proust, Júlio Verne, Alexandre Dumas Filho, etc. Produzido na sub-região de Sauternes, em Bordeaux, as uvas utilizadas na produção desse Premier Cru Supérieur são colhidas seletivamente, por vezes, uma a uma, sendo usadas apenas aquelas afetadas pela Botrytis cinerea (um fungo). As safras são muito diminutas.

9. ROMANÉE-CONTI (TINTO)

Sem dúvida, a Domaine de la Romaneé-Conti é a propriedade mais famosa da Borgonha. Em uma parcela de 1,8 hectare, se produz apenas 6 mil garrafas do famoso La Romaneé-Conti a cada safra. O vinho é marcado por elegância e sedosidade e está entre os mais procurados do mundo.

10. LOUIS ROEDERER CRISTAL BRUT (CHAMPAGNE)

A vinícola Louis Roederer tem mais de dois séculos de existência e elabora alguns dos melhores vinhos de Champagne. Hoje apreciado por celebridades, o Cristal Brut foi desenvolvido especialmente para o czar Alexandre II em 1876.

fonte Revista Adega

08 junho, 2011

Uvas Malbec, Merlot e Carménère


Uva Malbec

Uva Merlot

Uva Carménère

Malbec, uva Francesa e principal variedade da região de Cahors, também presente em Bordeaux, encontrou condições excelentes na Argentina, onde produz vinhos frutados, muito macios, de bom corpo, cor escura e tânicos, para ser consumido ainda jovem, também muito usado em bordeaux para fazer corte.

Merlot é uma casta de uva tinta, fruto da Vitis vinifera. É uma das responsáveis pelas características dos vinhos tintos de Saint Emillion, região de Bordeaux, França, sendo utilizada para a elaboração de vinho tinto para ser consumido jovem.

Carménère é uma casta de uva, originalmente da região do Médoc (França), onde era usada para a produção de vinhos tintos intensos e ocasionalmente para mistura de modo semelhante à casta Petit Verdot. Os cachos dessa cepa possuem frutos que variam entre os tamanhos pequeno e médio e cores que tendem ao preto azulado. Na Europa, as videiras desta variedade foram dizimadas por uma praga e substituídas por outras castas mais resistentes. Atualmente, é exclusiva do Chile.

A casta Carménère foi uma das mais amplamente cultivadas em inícios do século XIX no Médoc e Graves. Na década de 1860 as videiras européias desta variedade foram dizimadas pela filoxera, um insecto diminuto que afecta as folhas e a raiz sugando a seiva das plantas, e substituídas por outras castas menos sensíveis, como a Merlot.

Julgada extinta, foi redescoberta em 1994 no Chile por um ampelógrafo francês, chamado Jean-Michel Boursiquot, que notou que algumas cepas de Merlot demoravam a maturar. Os resultados de estudos realizados concluíram que se tratava na realidade da antiga variedade de Bordeaux Carménère, cultivada inadvertidamente, misturada com pés de Merlot. Levada por engano aos vales vinícolas chilenos, a Carménère se adaptou ao clima agradável e aos solos férteis obtendo êxito ao ponto de ser considerada uma das uvas mais importantes do Chile por sua qualidade e sabor excepcional. É no Vale do Colchagua onde está seu maior cultivo, que se mantém restrito ao Chile devido à fragilidade da cepa, que sobrevive graças ao bom clima e solo, mas sobretudo, ao isolamento físico e geográfico criado por barreiras naturais como o Oceano Pacífico, o Deserto de Atacama, a Cordilheira dos Andes e as águas frias do provenientes do Polo Sul, que protegem essa região de pragas.

05 junho, 2011

Escolhendo um Vinho


Examine a garrafa, o nível do líquido e as condições da rolha. Se sob a luz amarelão vinho branco estiver muito amarelado, e o tinto muito acastanhado, revela oxidação (características alteradas pelo contato do líquido com o ar) dos líquidos.

Guarde a garrafa em lugar escuro, arejado e de temperatura estável, ou uma adega. Ponha a garrafa deitada para evitar o ressecamento da rolha.

Guardar os brancos na parte inferior e os tintos na parte superior, posto que resistem melhor as temperaturas mais altas.

Compre apenas uma garrafa do vinho que ainda não conhece, se aprová-lo, compre mais.

Para reduzir a chance de comprar vinho oxidado, escolha locais com boa rotatividade de estoque. Prefira o setor de bebidas de grandes supermercados, lojas especializadas ou importadoras, mas para preços mais acessíveis e qualidade garantida, procure as vinículas.

Não se impressione com preços e rótulos: para os brasileiros atente para a palavra reserva, os franceses têm a sigla AOC (appellation d origine controlée), nos italianos DOC / DOCG (denominazione di origine controllata / e garantita). Não compre vinhos de mesa franceses, pois são ruins.

Harmonize a bebida com a comida: pratos delicados pedem vinhos leves / frutados, molhos elaborados, vinhos mais encorpados. Comidas agridoces, vinhos menos secos, frutos do mar, espumantes secos.

Nos contra-rótulos das garrafas há sugestão de pratos e características dos vinhos.

Alguns tipos de harmonizações: comida italiana com vinhos Chianti, parrillada argentina para tinto Malbec, queijos salgados (roquefort, gorgonzola) para vinhos doces tipo Late Harvest, Ementhal com Sauvingnon blanc, para os portugueses, bacalhau.

A condição de um vinho pode ser, muitas vezes, avaliada pela garrafa, sem nem mesmo precisar abri-la.

Pela cor: coloque o gargalo contra uma fonte luminosa (luz natural, lâmpada de filamento ou chama de vela).

Para os tintos:
Tons violáceos = vinho robusto e jovem
Vermelho intenso = vinhos jovem, leve
Reflexos alaranjados = vinho maduro, pronto para beber
Tijolo ou marrom escuro = vinho prejudicado

Para os brancos (em garrafas brancas):

Verde água = jovem, refrescante, leve
Verde = refrescante
Amarelo esverdeado = frutado, envelhecido em madeira
Cor dourada = doce, rico (se for um Sauternes) ou oxidado (se for um branco seco)
Marrom = oxidado, prejudicado

Nível baixo
Também indica anormalidade. Ao comprar vinhos avulsos, escolha os com maior nível de líquido

Rolhas dilatadas ou soltas

Comprima ligeiramente o polegar sobre a cápsula que protege a rolha. Se a rolha estiver dilatada, o vinho foi guardado em local muito quente e pode ter envelhecido antes do tempo. Se a rolha estiver solta, o vinho provavelmente está oxidado.